Caderno de Saúde Bucal no.2 da Rede CEDROS:
Fluoretação da Água: Como fazer a
vigilância Sanitária?
A magnitude do problema da cárie dental no Brasil demanda
sem dúvida, ampla utilização de medidas preventivas
de alcance coletivo, dentre as quais a fluoretação
de águas ocupa espaço privilegiado. Embora essa
medida tenha sido introduzida na País há quase quatro
décadas, e a legislação federal que disciplina
sua implantação seja datada de 1974/75, apenas 40%
dos brasileiros recebmágua fluoretada, segundo dados do
Ministério da Saúde.
O processo de fluoretação em diversas localidades
"oficialmente fluoretadas" vem sendo, entretanto marcado
por descontinuidade ou interrupções, situações
nas quais ocorre evidente prejuízo à saúde
bucal da população.
Tais episódios, ao lado do pequeno investimento em estudos
epidemiológicos que acompanham o impacto da medida sobre
a incidência de cáries, denunciam a precariedade
dos mecanismos de controle sobre esta medida no País.
Este manual, produzido pela Rede CEDROS, tem como objetivo subsidiar
a implantação de sistemas de vigilância sanitária
da fluoretação de águas de abastecimento
público em municípios brasileiros. a prefeitura
do município de São Paulo implantou no ano de 1990
o primeiro sistema de vigilância dos teores de flúor
nas águas de abastecimento público em nível
municipal no País. O desenvolvimento deste sistemas nos
últimos três anos foi tomado como base para a elaboração
desse manual.
Esta publicação dirige-se ainda, além das
prefeituras municipais, às universidades, aos técnicos
da área da saúde coletiva, às entidades odontológicas,
e a todos os que se preocupam com a questão da saúde
bucal no Brasil.
1. Introdução
2. Considerações iniciais
3. Vigilância à saúde e fluoretação
de águas no contexto do Sistema Único de Saúde
4. Sistemas de vigilância da fluoretação
de águas de abastecimento público
5. Objetivos de um sistema de vigilância da fluoretação
de águas
6. Metodologia básica para implantação
e operação do sistema
6.1. Coleta de informações
6.2. Identificação de pontos de coletas de
amostra
6.3. Freqüência de coletas
6.4. Coleta e preservação de amostras
6.5. Análise das amostras
6.5.1. Os métodos de análises de amostras
6.5.2. Método eletrométrico - Princípio
e metodologia
a) aparelhagem e vidrarias
b) reagentes
c) procedimento
6.5.3. Método SPANDS
6.5.4. Método visual da alizarina
6.6. Análise dos resultados
7. Divulgação dos resultados
8. Bibliografia consultada
Anexo I: Lei Federal no. 6.050 - de 24 de maio de 1974
Anexo II: Decreto Federal no. 76.872 - de 22 de dezembro
de 1975
- Douglas A. Schneider Filho, Cirurgião-Dentista
Sanitarista da Secretaria Municipal de Saúde de São
Paulo
- Izildinha Thomaz Prado, Química do Laboratório
de Controle de Alimentos da Secretaria Municipal de Saúde
de São Paulo
- Paulo Capel Narvai, Cirurgião-Dentista Sanitarista
do Departamento de Práticas de Saúde Pública
da Universidade de São Paulo
- Sílvio Roberto Barbosa, Engenheiro Químico
do Laboratório de Controle de Alimentos da Secretaria Municipal
de Saúde de São Paulo